sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Como Quem Sonha...


“Quando o Senhor restaurou a nossa sorte ficamos como quem sonha”.
(Salmos 126:1)
O Povo Israelita viveu em sua história, dois grandes cativeiros: assírio (722 a.C.) e babilônico (586 a.C.).  O exílio sempre fora cruel com o povo, mas a volta para casa era o ápice de sua libertação. O retorno dos exilados na Babilônia para Jerusalém foi documentado na Bíblia com o versículo usado como epígrafe deste texto, do qual quero destacar a expressão: ficamos como quem sonha”.
Há escolhas que fazemos e compromissos que assumimos que nos levam a adiar certos planos, e uma vez que os colocamos na gaveta e a trancamos, comumente se perde a chave. Ao engavetar muitos desejos pessoais, engavetamos mais do que isso, engavetamos nosso próprio eu.
Há tempos essa gaveta estando fechada, nem imaginamos que ainda exista chave, e por causa de outras responsabilidades assumidas, ainda que prazerosamente, acreditamos até ser meio injusto reabri-la, e protelamos ainda mais.
Os Judeus sentiam um êxtase tão grande por voltar pra casa, que a sensação era de estar sonhando. E pra eles, restaurar sua sorte, era mais do que voltar pra casa, era também ter a bênção do Deus a quem serviam nessa realização e uma reafirmação da aliança que tinham com ele.
Ficar como quem sonha é mais do que o primeiro beijo da adolescente, é ter correspondida a paixão do rapaz; é mais do que ser o primeiro a ser escolhido no time de futebol, é fazer o gol que define a partida; é mais do que encontrar a última figura que completa o álbum, é ela ser premiada.
 Ficar como quem sonha é mais do que retomar planos, é retomar as rédeas da própria vida e encetar novos rumos.
Então, desejo a você que lê esse texto que “Fique Como Quem Sonha!”
 
Brunna Stefanya Leal Lima Cabral
 
Caso deseje citar integral ou parcialmente este texto, favor citar a autora e a fonte, exceções conceituam-se plágio.
  Leia Também: Recomeçar é Preciso


Gostou do Texto? Não gostou? Tem alguma crítica ou sugestão?       
Não deixe de votar abaixo expondo seu nível de satisfação com o texto.     
Deixe também seu comentário! Sua opinião é muito importante para que eu continue escrevendo, e é uma grande motivadora. 
Obrigada! 
          

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Carregando Pedras


 Dois amigos aventureiros, um dia resolveram fazer uma trilha numa floresta bem conhecida na região. Dentro daquela floresta havia uma pedra muito alta, na qual as pessoas se aventuravam a escalar.
Os dois, saíram logo cedinho, num Domingo, preparados, com suas mochilas carregadas com tudo que eles precisariam para o passeio: água, comida, protetor solar, kit de primeiros socorros, câmera fotográfica e tudo mais quanto julgaram necessário. Eles tomaram o cuidado de não esquecer nada essencial, porém sem sobrecarregar com peso a mochila que deveriam levar nas costas durante todo o trajeto.
E assim saíram, alegres e empolgadas com o programa que há tempos vinham planejando.
A estrada era longa até que chegassem à pedra, e representava uma boa parte do trajeto que incluía céu aberto, mata fechada, pastos íngremes, riachos, e uma miscelânea de solos e flora.
Logo ao iniciarem a trilha, um dos jovens tropeçou em uma pequena pedra, que lhe fez parar a caminhada. Ele abaixou-se, pegou a pequena pedra e disse ao amigo:
-Vou guardar essa pedrinha em minha mochila, como recordação do nosso passeio, que poderia ter sido interrompido ainda no princípio por ela, caso eu tivesse caído e me machucado.
E assim o jovem o fez, guardou aquela pedra em sua mochila.
Um pouco mais andaram e se equilibrando entre pedras para atravessar um pequeno riacho, aquele jovem teve que encontrar em si habilidade para tanto. E mais uma vez, ele guardou um pedra, aquela em que ele achara mais difícil se equilibrar.
Nem um terço do caminho andado e aquele jovem que parecia ser encontrado pelas pedras do caminho, observou que não cabia mais nenhuma pedra em sua mochila a não ser que começasse a se desfazer dos pertences que trouxera de casa. E um a um, ele foi se desfazendo deles, substituindo por pedras, que ele tomara como troféus na dura trilha.
O jovem que carregava a mochila repleta de pedras se viu cada vez mais devagar no caminho, e seu amigo - que ele mesmo aconselhara a segui seu ritmo normal de caminhada - cada vez mais distante. Ele já estava cansado e ofegante, e parava a cada pequeno trecho do caminho, e em cada parada mais uma pedra que “quase” o atrapalhara ia para mochila.
O dia foi longo, e o caminho mais longo do que realmente era tanto para o jovem que carregava a mochila de pedras, quanto para o seu amigo, que por vezes diminuía seus passos e parava para que a distância entre ele e seu companheiro de estrada diminuísse.
Quando o primeiro jovem chegou à montanha, ele sentou-se para esperar seu amigo, que já vinha quase se arrastando na estrada. Ao chegar, com o pouco fôlego que lhe estava restando, ele disse:
-Amigo, eu paro por aqui, estou muito cansado. Não aguento mais! Você está muito mais bem preparado fisicamente do que eu, agradeço por ter parado para me esperar, pode continuar sem mim.
Ao que o amigo lhe falou:
-Eu não estou mais bem preparado que você. Eu consegui chegar por que só trouxe na bagagem o essencial, enquanto você carregou pedras até aqui, e cada vez mais uma, que foram tomando o lugar de tudo que te sustentaria até aqui, sem você ao menos se dar conta de que se desfazia dessas coisas, e até esqueceu a importância delas. O que te impediu foi guardar tudo aquilo que você pensava que “quase te derrubou”.
Imagine, carregar pedras para fazer uma trilha? Parece absurdo, mas quantas vezes fazemos isso. Como? Carregando mágoas e ressentimentos por coisas que os outros nos fazem, por planos que foram frustrados, por ideias que não agradaram. Às vezes carregamos para não magoar ninguém, outras porque fomos magoados por alguém, e até porque magoamos os outros. Fazemos isso quando insistimos em remoer o passado, em trazê-lo vívido em nossa lembrança, ao não conversar sobre problemas que precisam ser discutidos, ao não perdoar aqueles que nos ferem.
Às vezes enchemos tanto a mochila de pedras, que não nos damos conta de que pelo caminho vão ficando coisas essenciais como nossa alegria, ânimo, disposição, bondade, humildade, fé, e tantas coisas maravilhosas que são destruídas por todo ressentimento alimentado.
Aqueles que carregam fardos pesados demais acabam se afastando dos outros e afastando os outros deles, e hora ou outra estacionam no caminho.
As pedras que carregamos não são só sobrecarga na nossa bagagem mas criam uma barreira entre nós e Deus, e o culto que a Ele prestamos: Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta”(Mateus 5:23-24).
Se você está desanimado, triste, sem forças, ansioso demais, medroso, inseguro, se o peso que carrega parece aumentar a cada dia, se seus passos estão cada vez mais lentos, e você está cada vez mais cansado, o que acha de sentar e descarregar a mochila?
Sigamos o conselho de Paulo ao Filipenses: “...esquecendo-se das coisas que para arás ficam, e avançando para as que estão adiante de mim, prossigo para o alvo...”(Filipenses 3:13b,14a).
Eu lhe faço um desafio, jogue a primeira pedra fora: a da vergonha, medo, ou soberba, compartilhando esse link com alguém te machucou com a seguinte mensagem: “Tome de volta sua pedra”, mostrando assim que o perdoa e está disposto a não remoer mais o passado.
Caso alguém carregue uma pedra pelo que você tenha lhe feito, então envie o link com a mensagem: “Devolva minha pedra”, demonstrando assim que reconhece sua falha e almeja perdão.
“Tome de volta minha pedra”:
http://saosoretalhos.blogspot.com.br/2012/09/carregando-pedras.html


Ou
 
“Devolva minha pedra”:
http://saosoretalhos.blogspot.com.br/2012/09/carregando-pedras.html

Ninguém passa pela vida ileso, todo caminho tem pedras, cabe a vocês escolher passar por elas e continuar a caminhada, ou recolhê-las e acabar sendo detido por elas.
E eu vou devolver e recolher algumas pedras por aí...

Brunna Stefanya Leal Lima Cabral
 
Caso deseje citar integral ou parcialmente este texto, favor citar a autora e a fonte, exceções conceituam-se plágio.

Leia também: Vazio ou Cheio demais?  


Gostou do Texto? Não gostou? Tem alguma crítica ou sugestão?       
Não deixe de votar abaixo expondo seu nível de satisfação com o texto.     
Deixe também seu comentário! Sua opinião é muito importante para que eu continue escrevendo, e é uma grande motivadora. 
Obrigada! 

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Encontrando Deus


 
Nem tudo que vivemos é o que desejamos, passamos por situações desagradáveis e aterradoras, que é quando muitos desanimam e desistem, e alguns alegam não encontrar Deus no seu sofrimento.
A grande pergunta da multidão diante dessas situações é: Como nos manter estáveis, firmes e inabaláveis em nossa fé diante delas? A resposta é simples – na teoria - : Encontrando Deus!
Realmente na teoria pode ser muito simples, mas quando passamos por certos momentos temos dificuldade de enxergar o que Deus quer de e para nós.
A Bíblia conta que quando Moisés conduzia pelo deserto o povo de Israel que saíra do cativeiro egípcio, enviou doze espias à terra de Canaã, entre eles: Josué e Calebe. Ao final de quarenta dias, estes homens voltaram para dar o relatório à Moisés, Arão e todo o povo de Israel que se encontrara ali. Os espias confirmaram a palavra de Deus dita a Moisés: a terra mana leite e mel. Porém o povo acrescentou que viu ali um povo poderoso, cidades fortificadas e gigantes, e concluíram que aquela era uma terra que consumia seus moradores(Números 13:25-33).
O relatório dos espias trouxe para o povo grande choro, tristeza e gerou muitas murmurações, pois ao invés de atentarem para o fato de que a terra era realmente como Deus dissera, o povo se apegou aos obstáculos que haviam para a conquista dela.
 Porém Calebe tentou animar o povo e disse: “Tão somente não sejais rebeldes contra o Senhor e não temais o povo dessa terra, porquanto como pão, os podemos devorar;(...)O Senhor é conosco...(Números 14:9).
Essa história me lembra um provérbio chinês que diz: “um dedo aponta para lua, o tolo olha para o dedo”. Aquele que olha para seu dedo, não consegue enxergar o Senhor no seu problema.
Calebe foi o homem que não se contentou em ver apenas os contras da situação, mas resolveu enxergar por outro lado a história. Ele não viu só o próprio dedo, mas conseguiu encontrar Deus mesmo na situação que viviam: um deserto árido, milhares de pessoas e milhões de murmurações, e a promessa de uma terra que parecia mais distante do que realmente era.
Calebe foi um homem otimista. Ele também viu na terra prometida um povo forte, gigantes, e tudo mais de temível que havia lá, mas ele se fiou na palavra vinda do Senhor de que o povo possuiria aquela terra, e nas belezas prometidas por Deus, que ele mesmo constatara que havia.
Otimismo não é ver as coisas ruins como se fossem boas – e talvez essa até seja uma das definições aceitas para o termo -, mas isso na verdade é ilusão. Porém, otimismo é ver as coisas realmente ruins como são/estão e conseguir enxergar uma possibilidade de mudança, e extrair pontos positivos nela, mesmo antes que mudem.
Se você precisa mudar o lugar de onde observa para encontrar o Senhor em meio ao seu problema, então mude, mas sabendo que de nada adiantará mudar o lugar de observação se continuar olhando para o mesmo horizonte vazio. Para encontrar Deus, olhe para o que o dedo aponta e não para o dedo.
Toda situação pode ser enxergada por âmbitos diferente. Então, se a solução que está procurando reside no problema que você contempla, que tal girar o corpo e não o dedo? Ou seja, a proposta não é fugir, nem procurar outra lua para olhar, mas talvez o que você precise seja mudar o lugar de onde observa e não seu foco de visão.
Fugir dos problemas, só nos trará novos problemas. E às vezes mudam se as situações, mas os problemas são os mesmos, porque fugir não resolve nada.
De onde você está hoje, o que você enxerga? Você tem conseguido enxergar além do próprio dedo?...

Brunna Stefanya Leal Lima Cabral
 
Caso deseje citar integral ou parcialmente este texto, favor citar a autora e a fonte, exceções conceituam-se plágio.
Leia Também: Inverno da Alma


Gostou do Texto? Não gostou? Tem alguma crítica ou sugestão?       
Não deixe de votar abaixo expondo seu nível de satisfação com o texto.     
Deixe também seu comentário! Sua opinião é muito importante para que eu continue escrevendo, e é uma grande motivadora. 
Obrigada! 

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Sincero Demais, Honesto De Menos, Sensato Nem um Pouco



Havia um personagem interpretado por Luiz Fernando Guimarães no Programa Dominical da Rede Globo, o Fantástico, que nomeava o quadro: O Super Sincero.  Era engraçado, e por muitas vezes eu via ali situações muito comuns no dia a dia, nas quais me identificava e a outros, tanto por agir igual ou opostamente ao protagonista.
A pergunta de muitos é: Existe sinceridade demasiada?
Tem pessoas que se orgulham de serem “muito sinceras”, de falarem o que pensam, de serem denominadas “positivas”. Não estão nem preocupadas em pensar no que falam, já que sinceridade é uma virtude. Que é, tudo bem, eu concordo, mas sinceridade não precisa ser dissociada da educação, nem ao menos isenta a sensatez aos “virtuosos”.
Ser sincero não quer dizer necessariamente ser honesto.
Se honestidade é sinônimo de integridade, e integridade de irrepreensão, o que dizer daqueles que não refreiam sua língua de ofender ou injuriar alguém com sua sinceridade desmedida? Salomão advertiu: “O homem prudente encobre o conhecimento, mas o coração dos tolos proclama a estupidez”(Provérbios 12:23)
Um dos grandes problemas dessa sinceridade toda é que geralmente ela trata da opinião sobre a vida alheia, e quase nunca sobre a própria vida, e na maioria das vezes a disposição em opinar sobre o outro é voluntária. Geralmente, quando acontece de ser sobre a própria vida é muito comum ouvir “tristemunhos” realmente desnecessários tanto para quem fala como para quem escuta, e vários deles a respeito de uma conduta sinceramente desonesta e/ou repreensível.
Ao me opor a esse tipo de sinceridade, não estou fazendo apologia à mentira que agrada, mas sim às verdades desnecessárias, ou sendo mais específica, a palavra oportuna.
Aquele que se orgulha de falar o que pensa sem pensar o que fala, ou que diga a verdade doa a quem doer e se ufana disso, precisa repensar seu novo nascimento, pois os regenerados em Cristo, nascidos de novo vão se lembrar das palavras de Paulo: "Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo”(Filipenses2:3).
Quando pensar em ser “muito sincero” pense primeiramente em ser no mínimo ético, já que a mesma incute a consideração do outro em minha conduta, e dizer tudo que se pensa nem sempre destilará honestidade, e pode demonstrar ingratidão, soberba e egoísmo.
E pra ser sincera, eu confesso: ouço um estalo em meus ouvidos toda vez que escuto alguém dizer: “eu sou muito sincero”... E quem é que não conhece algum “super sincero”? 

Brunna Stefanya Leal Lima Cabral
 
Caso deseje citar integral ou parcialmente este texto, favor citar a autora e a fonte, exceções conceituam-se plágio.

Leia também: "Silêncio: Remédio ou Veneno"

Gostou do Texto? Não gostou? Tem alguma crítica ou sugestão?       
Não deixe de votar abaixo expondo seu nível de satisfação com o texto.
Deixe também seu comentário! Sua opinião é muito importante para que eu continue escrevendo, e é uma grande motivadora. 
Obrigada! 

Direitos Reservados

MyFreeCopyright.com Registered & Protected
Plágio é Crime! Gostou? Quer usar o texto inteiro ou parcialmente? Peça autorização!

Agregadores

Tecnogospel: Os melhores links evangélicos Tedioso: Os melhores links agrega dicas maislinks Pop Blogs: O melhor da Web está aqui Links - Amigo De Cristo

Origem do Público desde 22 de Agosto de 2.012