No filme “De Repente 30”, a personagem de
Jennifer Garner, Jenna, de “13” anos, entra no armário e deseja ter 30 anos. Quando
acorda no dia seguinte, se dá conta de que tem 30. Eu não entrei no armário e
desejei ter 30, mas se tivesse a oportunidade de fazer o inverso não seria de
todo ruim...rs
Jenna era inconformada com sua vida. Ela queria ser popular, ser amiga
das pessoas mais populares do colégio, namorar o cara mais cobiçado da escola,
ter o emprego dos sonhos e tantos outros desejos comuns entre mulheres e homens
de “13” ou “30” anos.
Numa decepcionante comemoração dos “13” anos, suas colegas a prendem
dentro do armário com um amigo. Frustrada então, ela deseja ter “30” anos, e é
com essa idade que ela acorda.
No final das contas, Jenna percebe que só seria feliz aos “30” se
vivesse os “17” anos entre os “13” e “30”, e os fizesse valer a pena.
Como Jenna, hoje acordei com 30, mas eu dormi com 29(rs).
Quando olho para trás e vejo tudo que fiz, talvez eu tenha realmente
vivido muitas coisas que muitas mulheres de 30 anos não viveram, e não tenha
feito nem metade do que outras fizeram. Mas apesar de não ter dormido com 13 e
acordado com 30, eu realmente fico pensando onde foram esses 30 anos, que
chegaram assim tão “de repente”.
Há quem diga que a vida começa aos 40. Se fosse verdade eu ficaria
feliz pois me sentiria uma criança. Outros dizem que com 30 é que as coisas valem
a pena. Se assim fosse, começaria hoje a experimentar. No entanto, eu sei que
essas ideias são meras ilusões, pois o relógio dispara no momento em que o
espermatozóide e óvulo se encontram e surge uma nova vida. A partir daí todas
as experiências são válidas, pois não podemos eleger apenas o que nos agrada
para que seja considerado.
Moisés, em uma oração ao Senhor, no Salmo 90, fala da
eternidade de Deus e da efemeridade do
homem. Ele fala no final do versículo 10 que “tudo passa rapidamente e nos
voamos”, e por isso ele clama: “Ensina-nos a contar os nossos dias, para que
alcancemos coração sábio”(Salmo 90:12).
Moisés havia compreendido que
cada dia devia ser considerado, e que todos eles estariam na conta de Deus e
que deles prestaria conta(Eclesiastes 11:9). Ou seja, contar nossos dias é
simplesmente dar conta de cada dia, relevar cada um e preocupar-se com um dia
de cada vez, pois nisto há sabedoria, porque é tolice querer apanhar um pássaro
que está voando enquanto ignora o que tem na própria mão.
Jenna não sabia disso, por isso quando descobriu que o amigo do qual
se afastou a partir de seu factídico aniversário de 13 anos era o homem dos
seus sonhos e que se casaria e que se casaria com outra então repensou tudo que
desejara e fizera com sua vida. Como eu estou falando de um filme, ela então abriu
os olhos e estava dentro do armário novamente com seu amigo e ainda com 13 anos
e o beijou, mudando assim o rumo de sua história.
Realmente eu tenho “30 anos”. E realmente eu acho que foi rápido
mesmo, bem de repente. Mas eu vivi cada um dos meus dias, e infelizmente não
fui sábia em todos eles, muitos nem me preocupei em sê-lo, porém sei que colho
o que já plantei nesses 30 anos e continuo plantando para que melhores
colheitas venham, e assim como hoje eu possa agradecer a Deus muito mais do que
30 vezes, pois afinal eu me dei conta de que de repente já foram 30 textos
publicados no blog(São Só Retalhos), e de repente há acessos de mais do que 30
países, e de repente são muito mais do que 30 cidades que eu pude conhecer, e
de repente bem mais do que 30 pessoas muito especiais que eu deixei em cada
lugar que eu passei, levando um pouquinho de cada uma delas comigo e deixando
um pouquinho de mim e de repente fazer 30 anos renova minhas forças para viver
de repente mais do que 30 vezes 30 anos e desejar o mesmo a você que lê esse
texto, de repente até 30 vezes...
Brunna Stefanya Leal Lima Cabral
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Se a vida começa aos quarenta, então ter trinta anos pode ser considerado outra adolescência! E a Jenna nos mostrou bem isso.
ResponderExcluirGostei muito do seu blog!
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