quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Retrospectiva e Expectativa



Bem, o ano já está se findando, e quantas as pessoas não fazem retrospectivas pessoais nessa época?! Elas sempre veem acompanhadas de uma lista de promessas de mudanças, renovação e desejos de bênçãos e graças. Toda a expectativa para o ano vindouro se baseia na superação dos acontecimentos pregressos.
Essa história não é nova, o povo de Israel havia experimentado essa prática: projetar o futuro em comparativo com o passado.
Já é sabido que desde os primórdios o povo Israelita não era conhecido por sua gratidão, e que reclamar era tão comum que poderíamos dizer que era um hábito, e o pobre Moisés quem o diga.
Mesmo após Deus libertar Israel da escravidão egípcia, uma coisa ou outra havia para que o povo reclamasse, recordando o Egito. Eles se lembravam das panelas de carne e pão(Êxodo 16:3) da água(Êxodo 17:3), e até das cebolas do Egito(Números 11:5)entre outras coisas.
Mais tarde veio o cativeiro babilônico, e povo que saiu reclamando do Egito, ficou novamente cativo. Com tudo que passaram não aprenderam a lição e, portanto, continuaram a desobedecer a Deus.
Quando Deus prometeu livrar o povo do jugo da Babilônia, ele relembra o que Ele fizera por eles, e com a misericórdia Daquele que perdoa e esquece o pecado passado fala a estes desta vez:

“Não vos lembreis das cousas passadas, nem considereis as antigas. Eis que faço cousa nova que está saindo à luz; porventura não o percebeis?(Isaías 43:18-19)
Dizer isso para um povo ingrato e “murmurão”, seria como dizer a eles: “Esquece o que passou, vamos olhar para frente se fixar no que vou fazer por vocês”, então Ele promete:

"Eis que porei um caminho no deserto e rios, no ermo”.(Isaías 43:19)

A promessa era de dias melhores, porém sem isenção de problemas, e um pedido de confiança e reafirmação de um compromisso.
Da mesma forma, que lembremos que o findar do ano é só mais um dia que termina e outro que começa, e que nosso compromisso com Deus e com as responsabilidades assumidas devem ser reafirmados não somente nesse momento, mas todos os dias do ano, e que de nada valem as grandes listas se vivermos nos espelhando nas coisas passadas e não fazemos as pazes com ele, e o remoemos.
Que a nossa esperança e desejo para 2.013, seja de dias melhores, e mudanças interiores, de cumprimento de nossas promessas pessoais, de obediência a Deus e submissão incondicional à Sua vontade, pois assim o ano será magnífico, cheio de caminhos no deserto e rios nos ermos.
Um feliz dia novo, todos os dias pra você!

Abraços

Brunna Stefanya Leal Lima Cabral

  Caso deseje citar integral ou parcialmente este texto, favor citar a autora e a fonte, exceções conceituam-se plágio.


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quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

O Jesus do SUS e o Espírito do Natal



 José era um humilde carpinteiro em obras da construção civil, trabalhador e muito responsável com sua família. Fazia o que podia por ela, mas seus recursos eram poucos e não era tanto o que podia fazer.

Maria era uma pobre mulher simples, criada no interior, bem no sertão, no Vale do Jequitinhonha. Era analfabeta, não sabia fazer um “o” com um copo, assinava com sua digital. Mesmo grávida lavava as roupas das madames e carregava as trouxas na cabeça sob um sol escaldante.

O casal estava muito feliz com o primeiro filho que ia chegar. Maria tinha até ganhado um bercinho de uma das donas pra quem ela lavava a roupa. Era usado, mas estava conservadinho.

Lá no interior, muitas mulheres ainda pariam em casa, então Maria se sentia privilegiada porque seu filho ia nascer num hospital.

Foi um dia puxado! Maria lavou três trouxas de roupas naquele dia. Estava escadeirada!

Já era tarde da noite e José ainda não havia chegado. Era véspera de feriado em fim de ano e o patrão dava pressa no serviço, e todo mundo tinha que trabalhar até mais tarde, e nem ousava reclamar, pois ele havia prometido uma cesta básica pra cada um, e todo mundo queria fazer por merecer aquele agrado.

A dor lombar de Maria incomodava cada vez mais, e a vizinha do puxadinho ao lado, que já tinha 5 filhos, falou com Maria que era seu rebento chegando. A pobre pegou sua carteirinha do SUS e pé na estrada. Ficou no ponto de ônibus até José chegar, e a essa altura já se contorcia de dor.

Chegado ao Hospital não havia vagas, pois em noite de Natal o movimento era grande e o hospital lotava, eram pessoas acidentadas pois haviam bebido muito e dirigido ou vítima desses irresponsáveis inconsequentes, haviam os que se envolveram em brigas, e até os que se excederam na comida.  Então mandaram que José a levasse pra outro, e eles tiveram que prosseguir.

No outro hospital, quando José falou com a atendente da portaria, ela disse a ele que não havia médico de plantão naquela noite, pois todos estavam festejando com suas famílias, e mandou irem para outro hospital, longe dali. E eles foram. Nesse José nem careceu de pedir atendimento, havia na porta, abaixo de uma guirlanda e entre outros enfeites natalinos, uma placa avisando que não havia material necessário para nenhum tipo de atendimento. Procurando outro hospital foi lhes informado que os médicos estavam em greve por melhorias nos salários, portanto não havia atendimento.

Maria já não aguentava mais, não podia dar mais nenhum passo, e José já não tinha nem dinheiro nem “passe” para ir para outro lugar, nem mesmo para voltar para casa.

Uma faxineira que trabalhava no hospital se compadeceu do sofrimento de Maria e José e lhes abrigou no almoxarifado do hospital, que elas usavam também como vestiário.

Maria mal chegou ali e sentada no chão mesmo pariu seu filho, em meio a vassouras, sacos de lixo e materiais de limpeza, mas com uma dignidade de caráter tão grande que iluminava aquele lugar sujo. José com os olhos brilhantes não se conteve de alegria e derramou lágrimas sobre o mais novo brasileiro a padecer as agruras do sistema, e pegando seu filho no colo, perguntou à esposa:

- Como iremos chamá-lo? Eu pensei em Natalino, por causa da data.

Ao que Maria, a mulher simples e ignorante nos estudos e catedrática nas relações frias das desigualdades sociais respondeu:

-Eu pensei em Jesus. Pois o pastor do rádio conta a história dele, e disse que ele nasceu numa manjedoura porque não havia lugar para sua família na hospedaria. Sua vida foi difícil, mas mesmo assim ele não deixou de fazer o que tinha que fazer, e é o espírito Dele que deve estar no nosso menino, pois esse tal de espírito de Natal aí que as pessoas festejam, eu não quero pra “sinhô ninguém”.

Um feliz Natal pra você e toda sua família e o que espírito do Senhor Jesus esteja em você todos os dias do ano!

Um grande abraço.
Brunna Stefanya Leal Lima Cabral
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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Competindo com Cavalos



Quem disse que a caminhada cristã é fácil? Lembro mais uma vez do grande livro de John Bunyan: O Peregrino. Nele podemos ver a sombra do que realmente é a vida cristã, as dificuldades do caminho e as pedras que nele encontramos. Mas contemplamos ao final a recompensa da permanência no caminho.

O profeta Jeremias foi enviado por Deus a profetizar duras mensagens para um povo rebelde, que não queria ouvir nem obedecer a voz de Deus. Ele vivia solitário(Jeremias 15:17) por ter sua mensagem rejeitada e foi por Deus proibido de se casar(Jeremias16:2). Sua tarefa não era fácil, e provavelmente por opção própria não fosse sua escolha fazer o que lhe fora ordenado pelo Senhor, mas por obediência ele o fez.

No capítulo 12 de seu livro, Jeremias começa escrevendo: Justo és Senhor, quando entro num pleito contigo(Jeremias 12:1). E de todos os atributos de Deus, ele escolhera ressaltar sua justiça, da qual experimentara e vira sua punição e retribuição.

Não há justiça se houver apenas punição, e também não há justiça se houver apenas bonificação pelos bons e maus atos cometidos.

Portanto Jeremias ao obedecer à voz de Deus afirmava estar o Senhor com ele, agindo com justiça não por ele, mas com ele. Isso também fortalecia o profeta, saber que Deus não só o enviara, mas que estava na batalha com ele.

Ao ter rejeitada a mensagem do Senhor que trazia, acredito que Jeremias se via por vezes angustiado, por ver o povo escolhido por Deus e que dizia servi-lo, desobedecer e ignorar a Sua voz. É assim que ele diz que o povo agia: “Tem-te nos lábios, mas longe do coração” (Jeremias 12:2b) e, portanto declara sua sinceridade: “Mas tu, ó Senhor, me conheces, tu me vês e provas o que sente meu coração para contigo”(Jeremias 12:2-3).

Aquele que escolhe proclamar a palavra de Deus seja entre cristãos ou não cristãos com certeza vai se deparar com situações como essa: pessoas que tem os lábios transbordando Deus, mas seus corações vazios Dele. São esses que desanimam principalmente seus líderes.

Após suas queixas, a resposta do Senhor vem para o profeta Jeremias, e logo com uma pergunta retórica: Se te fadigas correndo, com homens que vão a pé como poderás competir com os que vão a cavalo?(Jeremias 12:5).

A resposta do Senhor a Jeremias e também aplicada a nós pode ser entendida como um prenúncio do que ainda está por vir numa situação difícil, ou seja, as coisas ainda podem piorar. Então esteja preparado para uma dificuldade maior, um adversário além deste.

O que suaviza toda dificuldade encontrada é saber que assim como disse Jeremias, Deus entra na briga conosco e nos ajuda a chegar até o fim(Jeremias 12:1).

Que você sinta realmente Deus contigo e não se deixe fatigar, pois quem se cansa com os homens não compete com os cavalos.

Brunna Stefanya Leal Lima Cabral

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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Empurrando o filhote para fora do Ninho



Para as aves, em sua maioria é assim: quando o filhote saí do ovo, os pais o alimentam até que ele possa voar sozinho e sair em busca de comida.

Geralmente a mãe é quem saí em busca do alimento, e traz no bico o que saciará a fome de seus rebentos. Mas quando os filhotes já estão fortes e com penas o suficiente em suas asas, é hora dele aprender a voar.

É instinto dos pássaros voar, assim como para os seres humanos andar. E chegada a hora, se a coragem faltar, um empurrãozinho dos pais ajuda.

Uma vez que o pássaro saí do ninho e voa para liberdade, ele passa a ser responsável por seu próprio sustento, daí é tarde demais para voltar atrás.

Se na busca por alimento algo acontece com a mãe passarinho e ela não regressa ao ninho, seus filhotes morrem de fome, pois ainda não podem sair a buscar comida.

Se como pais alimentamos na boca filhos com capacidade de voar sozinhos, e como filhos adiamos o primeiro voo que traz a independência, como cristãos há aqueles que nunca se arriscam voar.

Há na igreja aqueles que nunca estão aptos a fazer nada. Já se acostumaram tanto a só se sentar no banco e ouvir tão somente. Mas se há estes que só querem receber o alimento na boca, é porque há também aqueles que empregam seu tempo buscando comida para lhes alimentar. Um é tão grave quanto o outro.

As pessoas que se sobrecarregam de funções e cargos na igreja porque ninguém quer fazer também peca, pois não terá condições de desempenhar suas funções com qualidade e alimentará o comodismo do outro. É por esse motivo que a ausência de certas pessoas em tarefas na igreja faz desmoronar todo seu trabalho.

Alimentar quem tem capacidade de suprir suas próprias necessidades é se responsabilizar pela sua inércia e aborto de sua independência.

Se há capacidade de voar, não alimente, empurre do ninho e ele voará.

Dedico ao meu amigo Herisson: "Deixo para você as duras verdades, suavizadas por açucaradas doces palavras. Obrigada!"

Brunna Stefanya Leal Lima Cabral
 
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