quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Jesus e as Mulheres



A vida terrena de Jesus teve o brilho da presença delas.
É fato que Ele não precisava delas e nem ninguém pra que sua vida e morte fizesse resplandecer sua luz sobre a humanidade, mas que a presença delas na sua história merece destaque, ah, isso merece!
Vivemos em tempos pós-modernos e lutas por direitos iguais, e com isso o crescimento do movimento feminista. Mas afinal, como mulher, eu pergunto para as mulheres de hoje, o que elas realmente querem?
Na sociedade judaica contemporânea elas não tinham muito valor, e muito menos algum reconhecimento. Recebiam o demérito pelo que não podiam fazer, e nunca o mérito pelo que podiam.
Isso ainda acontece em países do Oriente Médio e outras partes isoladas do mundo, porém, assim como na vida de Jesus, ainda hoje, mesmo que caladas suas vozes, sua presença é marcante, ainda que ignorada.
Na genealogia de Jesus, no evangelho de Mateus(capítulo 1) elas já se fazem presente. As mulheres não eram citadas nas genealogias, salvo raras exceções para distinguir nomes iguais e outras bem específicas. No entanto a de Jesus se distingue nessa característica. Ela traz quatro mulheres: a prostituta(Raabe - Mateus 1:5), a viúva que se casou com o homem que deveria se casar com sua sogra(Rute - Mateus 1:5), a adúltera(Bateseba - Mateus 1:6) e a virgem solteira(Maria - Mateus 1:16).
Durante seu ministério também elas sempre foram bem representadas. Foi numa mulher que Jesus encontrou tamanha fé que apenas tocara em suas vestes para que fosse curada(Mateus 9:19-22). Foi também uma mulher que recebendo um não de Jesus insistiu e se humilhou dizendo-lhe que se contentava com as migalhas(Marcos 7:24-30). Jesus também redimiu uma mulher que  acusada de adultério levaria sozinha a culpa pelo seu pecado(João 8:1-11). Quebrando os paradigmas humanos e seguindo à luz do evangelho, falando à uma mulher, Jesus desprezou a rivalidade entre Judeus e Samaritanos(João 4:1-30). Derramado sobre seus pés o bálsamo do vaso de alabastro que uma mulher quebrara, Jesus disse que onde quer que fosse pregado o evangelho, seria também contado o que ela fez(Mateus 26-6). Quando Jesus morreu elas estavam lá(Mateus 27:55-56), depois que morreu também(Mateus 27:60-61), e quando ressuscitou foi à elas que ele apareceu primeiro(Mateus 28:9-10).
Apesar das piadinhas que são feitas a respeito da aparição de Jesus às mulheres e a ordem de que anunciassem sua ressureição, a realidade é que nenhum dos homens que o seguia estava lá. Mas Jesus sabia que elas estavam ali, mesmo crendo que Ele estava morto por causa do seu amor e fidelidade à Ele, e portanto, de quem provinha tamanha fidelidade, Jesus creditou sua confiança na obediência.
 Não dá pra imaginar naquele contexto social, Jesus sentado com um grupo exclusivo de mulheres, mas elas sempre estiveram lá, e sutilmente ficaram registradas na história sem precisarem fazer estardalhaços, protestos seminuas, panelaços, e nada do tipo. O que marcou foi sua presença advinda de sua fé, fidelidade e compromisso nos bons e maus momentos, que com certeza trouxeram mais beleza à história.
É dessas mulheres que me orgulho, as que mesmo consideradas indignas por muitos de estarem ali, ainda estavam. As que creram na mensagem mesmo diante do túmulo Daquele que pregava a vida eterna. São as que não se preocuparam de não ter seu papel equiparado ao do homem. Essas que souberam se distinguir na sociedade com a suavidade da sua presença, desprezando a necessidade do reconhecimento, e se contentando com seu simples e complexo “ser mulher”.
E se a pergunta é o que as mulheres querem, eu sei que não quero os mesmos direitos dos homens, porque Deus nos fez diferentes. Eu quero o direito de ser Mulher, com todas as letras e com muito orgulho, e assim servir a Jesus.

Brunna Stefanya Leal Lima Cabral
 
Caso deseje citar integral ou parcialmente este texto, favor citar a autora e a fonte, exceções conceituam-se plágio.
 
Leia também: Sede Nunca Mais

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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Porque não dizer não?




Você tem dificuldade de dizer não? Para essa pergunta não é uma boa resposta!

Você sabe dizer não? Um sintoma de que você não sabe dizer não é querer sempre justificá-lo.

E se você não sabe dizer não, talvez não seja tarde pra aprender, veja alguns motivos:

Dizer um não sincero pode doer muito menos do que um sim indesejado.

O povo brasileiro é muito popular por sua solicitude e generosidade, esse pode ser o motivo de que esteja arraigada em nosso pensamento a ideia de que a negação significa indisposição indiferença ou insensibilidade. E talvez seja por causa dos nãos que não dizemos que chegamos onde estamos.

Tememos dizer não para os filhos e eles se revoltarem, de dizer para os amigos e eles se chatearem, para o cônjuge e ele não compreender, aos pais e eles se magoarem, e assim seguimos dizendo sim aos outros para agradá-los e um peso se agiganta nas nossas costas, e nenhuma das pessoas a quem deixamos de dizer não nos ajudará a carregar, se é que se dará conta de que ele existe.

Penso na dor que um não pode trazer, mas com ele o crescimento para mim e para o outro que o ouve. Como mãe eu sei que por mais que eu queira, nunca vou poder poupar minhas filhas do sofrimento, e se conseguisse seria frustrante, pois elas também nunca conheceriam o alívio. Se não sentirem dor, também nunca conhecerão o prazer.

Dói dizer ao filho que você não pode comprar o brinquedo mais caro pra ele agora? Agradeça quando no futuro ele se contentar apenas com o que o trabalho honesto lhe der.

Dói o seu filho não poder se vestir com as grifes mais caras como seus amigos? Se alegre por ele aprender que as pessoas valem mais do que as coisas e que elas não são o que vestem.

Dói se negar a ajudar alguém que precisa quando a família quer estar reunida? Vai doer ainda mais quando sua ausência não for mais sentida.

Dói não poder retribuir igualmente o amor que alguém tem por você? Doerá ainda mais o coração destroçado que sobrará de um amor fingido.

Se é preciso diga Não! Não, eu não posso comprar! Eu não posso fazer! Não posso ir! Eu não te amo!

Liberte-se da culpa de não oferecer aos outros tudo que eles querem, porque ninguém pode. Se contente com nada mais que você, e o que você é, e o que você pode dar, quando e a quem quiser. Deixar de dizer não aos outros é dizer não para si mesmo!

É triste dizer não querendo dizer sim, mais triste ainda é dizer sim querendo dizer não.

De nãos também se faz um caminho, com nãos também se constrói uma história, e à partir de um não pode se iniciar um nova vida.

“Quem não consegue dizer ‘não’ perde o controle de sua vida, fica à mercê das solicitações de qualquer pessoa que lhe peça um favor”.(Brian Roet, psicoterapeuta inglês no livro A Confiança de Ser Você Mesmo - ed. Cultrix).

Brunna Stefanya Leal Lima Cabral
 
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quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Como eu Quero...


Eu quero um abraço carinhoso, sem pedir, quando eu estiver carente.
Mais do que isso, eu quero dar esse abraço a quem precisa espontaneamente.

Quero esboçar sorrisos sinceros quando ver alguém querido.
Porém quero ainda mais despertar sorrisos com minha aparição.

Quero rir de uma piada boba que ouvi.
Mas quero contar piadas bobas para quem importa.

Desejo ter com quem dividir os problemas que tenho.
No entanto quero mais dividir com outros seus fardos.

Quero ver a lágrima no rosto de alguém por meu sofrimento.
Mas quero sofrer com lágrimas ao ver a dor de outro.

Desejo que outros se alegrem com minhas conquistas.
E quero me alegrar com o sucesso alheio.

Quero que minha ausência seja percebida.
Porém quero mais ainda sentir falta de quem se ausentou.

Quero momentos em que as palavras sejam desnecessárias.
E compreender quando meu silêncio se faz necessário.

Desejo que me olhem nos olhos.
Mas ainda mais que eu tenha a dignidade de olhar nos olhos dos outros.

Desejo encontros sem relógio
Lembranças de cheiros
Saudades de pequenas coisas
Reencontros inesperados
Diálogos sem palavras
Olhares discursivos
Consolo para o inevitável
Partidas canceladas
Colo de mãe eterno
Ombro de pai permanente
Carinho de filho em tempo integral
Amor de cônjuge apaixonado
Amigos Verdadeiros

Eu quero muito viver mais para os outros à minha volta
Mas tenho me ocupado tanto vivendo para mim mesma que não tem sobrado tempo para ninguém mais além de mim...

Brunna Stefanya Leal Lima Cabral
 
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Leia Também: Arrependimento


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quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Sede Nunca Mais


No capítulo 4 do Evangelho de João, o apóstolo narra um lindo fato: o encontro da mulher samaritana com Jesus. Isso mesmo, o encontro dela com Jesus e não Jesus com ela. Pois para ele não faria a menor diferença que aquela mulher passasse por sua vida, mas para ela seria um marco para um novo começo.
Havia entre Judeus e Samaritanos uma rivalidade histórica a ponto dos Judeus traçarem suas rotas atravessando o Rio Jordão para se desviarem de Samaria.
Diferentemente de seu povo, Jesus, ao partir para Galiléia não hesitou passar por Samaria, e mais, cansado, se deteve justamente neste trecho do caminho, na fonte de Jacó, venerado por ambos os povos.
Indo além, desconsiderando a rixa existente entre seu povo e os Samaritanos, Jesus, encontrando uma nativa, pediu-lhe água. E hostilmente ela lhe indaga o pedido, visto a origem de ambos. Mas Jesus se apresentou àquela mulher como quem era, estando muito além de qualquer naturalidade ou rivalidade: “Se conheceras o dom de Deus e quem é o que te pede: dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva”(João 4:10).
Realmente aquela mulher não conhecia Jesus. Não apenas porque era a primeira vez que o via, mas porque apesar de aguardar pelo Messias, não o reconhecera como tal.
A samaritana não compreendeu o que Jesus falava e o questionou, então o ouviu dizer: “Quem beber desta água tornará a ter sede, aquele, porém, que beber da água que eu lhe der, nunca mais terá sede”(João 4:13-14).
Mais uma vez sem entender o significado das palavras de Jesus, na sua ignorância, a mulher a Jesus que lhe desse dessa água para lhe poupar de ir ao poço todos os dias. E Jesus lhe mandou: “Vai chama teu marido e vem cá”(João 4:16).
Análoga, sua resposta lhe traria entendimento: “Não tenho marido”(João 4:17). Foi então que Jesus lhe falou: “Bem disseste(...), porque tiveste cinco, e esse que tens agora não é teu marido”(João 4:17-18).
O diálogo de Jesus com a mulher samaritana, nessa primeira parte, nos traz uma mensagem maravilhosa que nos leva à reflexão sobre nossa ignorância, nossas prioridades e inconstâncias.
Talvez nos julguemos muito melhores que a samaritana, ou mais dignos, porque conhecemos a Jesus e Dele somos conhecidos, porque temos uma vida apresentável diante da sociedade, seguimos suas regras e nos encaixamos dentro delas. Isso tudo é importante, pois conhecendo a palavra de Deus, fazer tais coisas é mais do que obrigação, no entanto o que deve nos diferenciar da mulher samaritana é reconhecer a Jesus no encontro com ele, priorizar o que o glorifica, e nos manter firmes no caminho que Deus deseja que sigamos apesar dos pesares.
Deus colocou a eternidade no coração do homem(Eclesiastes 3:11), e por isso estamos sempre buscando alguma coisa, e isso é salutar mental e até fisicamente, porém a prioridade da nossa busca deve ser vertical: Buscar ao Senhor e serví-lo antes de qualquer coisa, ainda que nosso coração deseje outras coisas.
A fusão de um coração vazio(sem Jesus) e uma mente cheia pode ser catastrófica. Talvez a mulher samaritana já estivesse no quinto relacionamento conjugal motivada por essa busca que não se sacia com nada que seja efêmero. É como encher um saco sem fundo: ele nunca enche!
No Livro O Pequeno Príncipe, Antoine de Saint-Exupéry, num diálogo entre os dois personagens principais, o autor descreve um pouco dessa busca infinda:

- Tenho sede dessa água, disse o principezinho. Dá-me de beber...
E eu compreendi o que ele havia buscado!
Levantei-lhe o balde até a boca. Ele bebeu, de olhos fechados. Era doce como uma festa. Essa água era muito mais que um alimento. Nascera da caminhada sob as estrelas, do canto da roldana, do esforço do meu braço. Era boa para o coração, como um presente. Quando eu era pequeno, todo o esplendor do presente de Natal estava também na luz da árvore, na música da missa de meia noite, na doçura dos risos...
- Os homens do teu planeta, disse o principezinho, cultivam cinco mil rosas num mesmo jardim... E não encontram o que procuram...
- Não encontram, respondi...
- E, no entanto o que eles buscam poderia ser achado numa só rosa, ou num pouquinho d'água...

Nós estaremos sempre buscando mais, material e emocionalmente, porque queremos um emprego melhor, uma casa melhor, mais graduações, felicidade no casamento, um melhor relacionamento com os filhos, e isso não é pecado, desde que o nosso coração não se encha só dessas coisas, senão continuará vazio. É como a água que mata a sede ou a comida que sacie a fome mas não impedem que elas voltem. 
Que compreendamos que a água que Jesus nos oferece sacia-nos espiritualmente e preenche todo vazio que nada mais pode preencher. Bebamos!

Brunna Stefanya Leal Lima Cabral
 
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 Leia Também: Vazio ou cheio Demais?

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