quinta-feira, 14 de março de 2013

Quebrando o Silêncio



Nietzche disse: “Aquilo que não me mata, só me fortalece”. Nada como relacionamentos para atestar essa verdade.

Às vezes é necessário causar uma dor grande para que uma ferida ainda maior seja curada.

É preciso, quando necessário, lavar roupa suja, dizer algumas verdades, expor sentimentos, rasgar o peito e mostrar a alma, para reconstruir laços desfeitos, perdoar e ser perdoado e por fim crescer.

Guardar para si mesmo a dor que o outro nos causa é alimentar juntamente com ele essa dor, e pode ser que o outro nem saiba que segura o ferrão que nos machuca.

Paulo diz em Efésios 4:25-26 que devemos falar a verdade uns com os outros pois somos membros uns dos outros, e aconselha ainda que não guardemos a ira do dia para não dar lugar ao Diabo. Portanto, as relações saudáveis são aquelas que não cultivam travesseiros pesados.

No sermão do Monte, Jesus nos ensina que não é necessário que se tenha algo contra o outro, mas basta que alguém tenha algo contra nós para que o procuremos para reconciliação. E segundo o Mestre, isso é necessário para que tenhamos íntegra e irrestrita comunhão com Ele(Mateus 5:23-24).

Tendemos a nos calarmos ou aquietarmos diante de situações indesejadas frente aos relacionamentos humanos, inclusive para não ferir ninguém, porém, geralmente, o silêncio é um combustível perigosíssimo nas chamas dos conflitos humanos .

Silêncio nem sempre quer dizer cautela ou sensatez, mas sim a omissão de um ser covarde.

Por mais difícil que seja, o confronto pode ser o melhor remédio para curar homeopaticamente as relações problemáticas que a brandura das palavras omitem. Então, se preciso for machucar para curar, então machuque, mas que as feridas sejam curadas e os relacionamentos reestabelecidos.


Brunna Stefanya Leal Lima Cabral



Homeopatia é uma forma de terapia alternativa iniciada por Samuel Hahnemann (1755-1843) quando em 1796 publica a sua primeira dissertação. Se baseia no princípio similia similibus curantur (semelhante pelo semelhante se cura), ou seja, o tratamento se dá a partir da diluição e dinamização da mesma substância que produz o sintoma num indivíduo saudável. A homeopatia reconhece os sintomas como uma reação contra a doença.

O tratamento homeopático consiste em fornecer a um paciente sintomático doses extremamente diluídas de compostos que são tidos como causas em pessoas saudáveis dos sintomas que pretendem contrariar, mas supostamente potencializados através de técnicas de diluição, dinamização e sucussão que liberariam energia. Desse modo, o sistema de cura natural da pessoa seria estimulado a estabelecer uma reação de restauração da saúde por suas próprias forças, de dentro para fora. Este tratamento seria para a pessoa como um todo e não somente para a doença(Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Homeopatia  - Acesso em: 13 de Março de 2013).


  Caso deseje citar integral ou parcialmente este texto, favor citar a autora e a fonte, exceções conceituam-se plágio.



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sexta-feira, 1 de março de 2013

Ao toque da lança no ombro



Não há maior insatisfação do que fazer o que não se quer. Porém, não há maior humildade que fazê-lo com satisfação, não pelo ato em si, mas pela submissão necessária.

Obedecer não é tão fácil como possa parecer nessa lógica tão simples de palavras, mas submissão é ainda mais difícil. Porém, a submissão em obediência traz à alma do cristão no mínimo paz.

No sermão da montanha, entre tantas coisas que Jesus ensinou, ele não deixou de pregar a humildade, longanimidade, mansidão, e até domínio próprio, através de princípios muito simples.

Em Mateus 5: 41, Jesus ensina: “Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas”. Para nós, não tem muito sentido a figura de linguagem utilizada por Jesus se não conhecermos seu significado.

Durante o Império Romano, que havia conquistado grande parte do mundo conhecido daquela época, a lei romana dava aos soldados o direito de recrutar um civil para andar uma milha(a milha romana era de aproximadamente 1,5Km) carregando a mochila dele. Como a Palestina era um território ocupado, sendo designado, todo judeu devia obedecer.

Jesus ao falar aquelas palavras aos que o ouviam, ao contrário do que se possa pensar, não estava apregoando a covardia ou passividade, e sim a submissão advinda do fruto do Espírito Santo em nossas vidas(Gálatas 5:22).

O autor de Hebreus, fala sobre a experiência de Moisés na segunda milha. Sendo ele, criado no palácio de Faraó, tinha o direito de usufruir de todas as regalias que um membro da família deste poderia gozar, no entanto, não sendo Moisés egípcio e conhecendo o sofrimento do seu povo sob o regime de escravidão, abdicou deles, preferindo ser maltratado a usurfruir prazeres transitórios”(Hebreus 11:25).

Assim como os civis ao sentirem o toque da lança dos soldados romanos, nós sentimos por diversas vezes, em múltiplas situações distintas o chamado à obediência imposta, mas o que realmente nos faz diferente é se submeter mesmo sem a lança no ombro, é reconhecer a necessidade da segunda milha, da terceira, quarta...

Nas relações diversas, com os pais, com os filhos, cônjuge, amigos, no ambiente de trabalho, na igreja, não faltam momentos em que é necessário muito mais do que a primeira milha. Precisamos reconhecer esses momentos, saber a hora certa de ceder, de nos calarmos, de nos aquietarmos, ou o que for necessário, “considerando os outros superiores a nós”(Filipenses 2:3), tendo por certo que muito maior galardão iremos receber(Hebreus 11:26).

No livro e posteriormente filme: Refúgio secreto, Corrie Ten Boom, uma holandesa cristã, não judia, conta a sua própria história e de sua família, que acabam sendo presos por abrigar judeus em sua casa durante a invasão nazista na Holanda. Corrie e sua irmã Betsie são levadas juntas para um campo de concentração de judeus, onde se submetem a terríveis abusos e sofrimentos. Corrie apesar de andar a primeira milha, não conseguia ir além, mas sua irmã Betsie andou tantas quantas possíveis, porque conseguiu ver o propósito do Senhor em cada passo que dava, e assim ensinar a outros. Assim como Moisés, Betsie, “permaneceu firme como quem vê aquele que é invisível(Hebreus 11:27), e por isso conseguiu e se alegrar diante do sofrimento que vivia.

A obediência a Deus traz alegria(João 15:10-11), e que alegres possamos nos submeter a caminhar a segunda milha, pois andar a primeira milha é se submeter à uma situação imposta, mas andar a segunda milha é ir e ver além, é ser servo, é se submeter ao indesejado para receber o necessário.

Então ao toque da lança no ombro: Boa caminhada para você!

Brunna Stefanya Leal Lima Cabral

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Leia Também: Amor sem Hipocrisia


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