Ainda que a
população mundial se multiplique, e os meios de comunicação se proliferem, o
homem nunca esteve tão só e tão egoísta. Tão grande é seu vazio e insatisfação
que, incessantemente se agiganta sua busca pela felicidade e assim se expande
os campos férteis para os “profetas da prosperidade”. (Se não houvesse sido
criado aqui nasceria o ditado: “a ocasião faz o ladrão”(muitas vezes
literalmente!).
Há dicionários
que definem prosperidade como sinônimo de felicidade e vice-versa. Sábias
definições, porém vagas, propícias a interpretações intrujas.
Nesse rol de
equívocos, nos assombra a insistente ideia de que a prosperidade é a singeleza e
comodidade do caminho. Por isso, nos vemos como pecadores castigados por Deus,
ou até mesmo esquecidos por Ele, por enfrentarmos lutas e sofrermos dores. E
essa ideia maligna nos leva a “reivindicar” a Deus “meus direitos” e a cantar
bem alto para que “Ele me restitua, pois
eu quero de volta o que é meu”(considerando até o que nunca foi). O que
conseguimos ao final é um ego inflado e uma alma definhada.
A Bíblia diz: “...larga é a porta, e espaçoso, o caminho
que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela(...), e estreita
a porta e apertado o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que se
acertam com ela”(Mateus 7:13-14). E diz mais: “...Eu Sou O Caminho...”(Jo 14:6), e
também: “Eu sou a porta...”(João 10:9).
A verdade é que
só há um caminho para a plena felicidade, e por conseguinte a prosperidade: Cristo.
A questão é que
quando andamos com Cristo, Ele nos faz sentir as pedras do caminho como
cascalho, os trechos íngremes como declives, as torrentes como garoa, o furacão
como brisa. Porque Deus não nos poupa do sofrimento na caminhada, mas nos
acalenta nas agruras do caminho, e nos sustém quando nos falta força. A questão
não é o quanto caímos, mas o quanto nos levantamos, ou melhor, somos por Ele
erguidos.
Você sabia que
pode usar uma banana como martelo para afixar um prego? Tente fazer isso com
uma banana fresca... Após passar pelo processo de congelamento, ela é capaz de
martelar um prego. Somente após passar por um processo agressivo, ela é capaz
de desempenhar uma tarefa antes impossível. Assim é conosco. O que muitas vezes
é pesar na jornada, torna nos hábil para além. Forjados à escuridão dos
lamentos, somos cunhados à esperança da cruz.
No filme O Peregrino, inspirado na obra literária
de mesmo nome, de John Bunyan, vemos
a ilustração alegórica da vida cristã. O protagonista da estória se chama “Cristão”. O enredo narra a trajetória de “Cristão” até chegar ao céu, e as
intempéries do caminho, e por fim sua chegada triunfal ao destino tão almejado.
Durante sua jornada, “Cristão” se
depara com “Ignorância”, que parece
não ter maiores complicações em seu caminho. Mas ao final, quando ele já
adentrara os portões da Cidade Celestial,
ele então olha para trás e vê “Ignorância”, que segundo o autor, chegara ali
sem a metade das dificuldades que os outros peregrinos tinham encontrado. Ele(“Ignorância”) aporta ali num barquinho
chamado “Vã-Esperança”, e quando é
recepcionado nos portões da Cidade Celestial, é questionado sobre seu Diploma para
que seja apresentado ao “Rei”. Mas este não o possui, e portanto fora jogada no
precipício. No livro, Bunyan termina com este penúltimo parágrafo:
“Fiquei surpreendido; mas serviu-me isto de
importante lição, pois fiquei sabendo que da porta do céu há caminho para
o inferno, do mesmo modo que o há na cidade da Destruição”.
Portanto
amados, cuidemos para os que estão à porta do céu, e à margem do inferno,
apregoando as facilidades do caminho, e as “riquezas” por servir a Jesus, não
nos alimente com capim. Lembremo-nos que Jesus foi o pobre Nazareno, nascido em
manjedoura, que se assentava, comia e andava com os pobres, e que provavelmente
soube bem o que era pisar o chão e que nunca possuíra nem mesmo um jumento.
A Bíblia
registra a história de inúmeros cristãos que foram prósperos e felizes em sua
trajetória. A exemplo: José do Egito, foi tido como próspero diante de Deus
primeiramente quando escravo, depois quando preso(Gênesis 39:2-3,23). Ana se
realizou ao entregar a Deus o filho que Ele lhe dera, levando-o pra viver no
templo(I Sm 1:27-28). Jó só teve plena satisfação em sua vida, quando perdeu
tudo que tinha e conheceu a Deus(Jó 42:5). A igreja primitiva, descrita em
Atos, encontrou a felicidade na divisão de seus bens(At 4:32-35). E assim se
vão inúmeros exemplos daqueles que encontraram a felicidade no imaterial, e se
viram por isso prósperos.
No caminho da
felicidade quanto maior a dor que sentimos, maior será o efeito do bálsamo do
Senhor derramado sobre a ferida. Essa é a verdadeira riqueza e prosperidade!
Caso deseje citar integral ou parcialmente este texto, favor citar a autora e a fonte, exceções conceituam-se plágio.
Brunna Stefanya Leal Lima Cabral
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Obrigada!
Felicidade é um conceito subjetivo, o admirável Mahatma Gandhi afirmou apropriadamente que “Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho”. Creio que a felicidade é mais um “estado de espírito” do que uma condição. Note que no estudo não foram determinadas as razões e circunstâncias que trazem felicidade para as pessoas.
ResponderExcluirMeu caro Juraci,
ResponderExcluirUm texto está sempre sujeito à interpretações de seus leitores, e essas são obviamente subjetivas, apesar das regras gerais de interpretação. Acredito que nos três primeiros parágrafos principalmente são expostas definições para os termos prosperidade e felicidade, e como são usadas comumente como palavras sinônimas, e assim colocados alguns fatores que fazem as pessoas julgarem gozar de felicidade ou não. O que acredito é que a proposição do texto não lhe foi satisfatória. Então desde já agradeço muito pelo comentário. Vou lembrar bem dele ao escrever os próximos.
Obrigada!
Muito bom o texto, descobri o blog procurando saber sobre fé e resposta.Li alguns textos e deixo este meu comentário de incentivo a sua exaltação da palavra de Deus.
ResponderExcluirQue o Senhor abençoe vc e sua família.
Amém Alexandre! Muito obrigada!
ExcluirAbraços