Se
defender atacando, talvez funcione no reino do futebol, mas nos
relacionamentos, talvez seja a arma mais egoísta e até perversa que pode existir.
Apontar
nos outros os mesmos erros nossos ou outros piores não nos torna menos culpados
pelo nossos.
É
bem verdade que como homens pecadores que somos, muitas vezes nos sentimos
aliviados pela solidariedade na culpa. É como pensar que não estamos sozinhos,
e isso nos traz um certo conforto: “não sou só eu”.
Outra
verdade também é que com pouquíssimas exceções nos sentimos bem em acusar os
outros e encontrar culpados para nossas atitudes reprováveis. Como se a culpa alheia isentasse nos da nossa
própria culpa, sendo nós mesmos responsáveis por cada um de nossos atos.
Um
erro não justifica outro, mas com certeza um erro leva a outro se não nos
conscientizarmos de nossos passos errantes e endireitarmos nossos caminhos.
Uma
metáfora que eu utilizo comumente é que “não é porque o cachorro me morde que
eu vou morder o cachorro”. Pois é assim que agimos, revidamos mesmo que não
sejamos inocentes, e quando somos realmente, acabamos sujando nossas mãos e
deixando de ser. Pois, revidar uma afronta ou ofensa com a mesma atitude nos torna
tão repugnáveis quanto nosso ofensor ou mais, quando sua atitude é dada à sua
mera ignorância, assim como o cachorro morde em sua irracionalidade.
O
apóstolo Paulo, escrevendo aos Romanos adverte-nos: “Portanto,
és inescusável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas, porque te condenas
a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo. E
bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade sobre os que tais coisas
fazem. E tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas, cuidas que,
fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus?(Romanos
2:1-3)
Nós,
os que conhecemos a palavra de Deus, temos esse grande peso de
responsabilidade, que conhecendo a verdade, não podemos ignorá-la, portanto se nos
desviamos dela somos culpados inescusáveis, e obedecendo-a somos guiados pela
verdade que nos liberta(João 8:32).
Portanto,
quanto mais se morde cachorros, mais habitual se tornará mordê-los e então
chegará o tempo em que não será mais possível distinguir quem é cachorro e quem
não é, pois já nos fizemos iguais a ele.
Que
nossa atitude seja sempre de humildade diante de nossos erros, de
responsabilidade mediante nossas culpas e de brandura mediante as ofensas para
que ao invés de mordermos cachorros, fechemos sua boca, afinal nós sempre
poderemos ser melhores que o cachorro, n
Brunna Stefanya Leal Lima Cabral
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fonte, exceções conceituam-se plágio.
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Obrigada!
Entre mordidas alheias e coceiras na consciência,
ResponderExcluiré melhor sempre largar o osso do que voltar com o rabo entre as pernas...
Adorei a metáfora.
Abraço!
A sua também foi muito boa!...rs
ResponderExcluirAbraços amigo